sexta-feira, 19 de abril de 2013

A ética ministerial e a igreja




A palavra ética resulta em uma prática da filosofia social, que indica as normas que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade. A ética é a conduta humana que rege seus atos pessoais e públicos, logo, dentro da igreja não pode ser diferente.

Numa reunião de obreiros, o pastor presidente relatou o caso de um pastor que, ao realizar um casamento numa das congregações, trouxe um grande problema ao ministério. Esse obreiro, ao falar para noiva os cuidados que ela deveria ter na vida matrimonial, incluiu sua aparência pessoal, e neste momento, fez uma comparação com uma das madrinhas, para mostrar que a noiva nunca poderia chegar naquela situação. Isto rendeu um processo à igreja e nada pôde reparar a vergonha que a madrinha passou naquela ocasião.

Talvez ao ler esse caso, você tenha se lembrado de algo vivido ou presenciado. Infelizmente não é algo incomum. Poderia citar alguns casos que resultaram em grandes confusões e até em crentes que se desviaram da igreja, tamanho o constrangimento que lhe fizeram passar.

Não foram poucas as vezes que vi crentes serem chamados por codinomes, sempre se referindo a aspectos físicos que os diferenciam da maioria das pessoas. Expor as pessoas chamando-as de gorda, careca, pretinho, gago, ceguinho, etc, consiste num grande desrespeito e mostra o quão grande despreparo o anunciante tem para lidar com o público.

Algumas pessoas, quando detêm o microfone, se acham no direito de falar o que querem, sem se preocupar com os sentimentos dos seus ouvintes. Crentes são dotados de sentimentos sim, e podem se sentirem magoados e ofendidos por palavras dirigidas a elas em meio ao público.

Jesus, em suas atitudes, mostrou-nos o quanto foi ético com as pessoas. Quando ele entrou em Jerusalém, viu Zaqueu que subira em uma figueira brava para vê-lo passar. Cristo não o chamou de baixinho (pois era de baixa estatura) e nem de publicano, mas o chamou pelo nome e foi bem recebido por Zaqueu (Lucas 19:1-10).

Quando Jesus curou os dez leprosos (Lucas17:11-19) ao falar com o único que veio lhe agradecer, disse: “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?”. Ora, Cristo poderia ter perguntado: Não foram dez leprosos? Ele usou de outros vocabulários para não rotulá-los por suas características.

O professor de Expressão Verbal Reinaldo Polito, no livro “Como falar corretamente e sem inibições” (Editora Saraiva) orienta como se portar em frente ao público. O autor ensina como lidar e como o conquistar o público a quem se fala. Ainda ensina que o orador deve ter sempre em mente nunca fazer brincadeiras que humilhem ou magoem as pessoas.

Penso que desviar o foco do culto com gracejos e piadas, desvirtua a espiritualidade e põe em xeque a postura de quem está falando. Já passamos da hora de evitar esses tipos de problemas. Usar o tempo para adorar a Jesus, é muito mais proveitoso. 

41ª AGO reelege pastor José Wellington presidente das Assembleias de Deus do Brasil


Estrutura
A 41ª Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil superou todas as expectativas. Foram mais de 24 mil inscritos, de todo a Brasil, para escolherem quem seria o presidente da maior denominação evangélica do país, pelo próximo quadriênio. A cidade de Brasília (DF) ficou pequena para receber os convencionais que, entre os dias 8 e 12 de abril, sediou o maior evento esperado pelos assembleianos. O evento ocorreu no Pavilhão de Exposições de Brasília, no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, para receber a multidão que a todo instante desembarcavam nos aeroportos, rodoviárias e em caravanas que tomaram as ruas da cidade.

O setor hoteleiro da capital federal não foi suficiente para acomodar a todos, logo, os hotéis das cidades vizinhas também foram ocupados. Calcula-se que só pessoas envolvidas em trabalhos diretos e indiretos na convenção foram mais de 1 mil. Aos arredores do pavilhão dezenas de tendas foram montadas com capacidade para acomodar quase 500 pessoas em cada uma, facilitando os obreiros que não conseguiram vagas nos hotéis. Praças de alimentação, lojas, estúdios de rádios e televisões, livrarias e palcos para apresentações musicais também compunham o cenário. 

Culto de abertura

A abertura oficial aconteceu na segunda feira (8) à noite com cerca de 12 mil pessoas. Sob a direção do pastor Ronaldo Fonseca, a cerimônia iniciou com a entrada das bandeiras dos 27 estados do Brasil, conduzidas pelos Dragões da Independência, além de militares que entraram com as bandeiras do Brasil, da CGADB, da CPAD e da Assembleia de Deus do Brasil, tudo ao som da Banda da Polícia do Exército de Brasília. Também um coral de jovens com 2 mil componentes abrilhantaram a festa de abertura. A preleção da noite ficou a cargo do pastor José Wellington que pregou sobre “O Espírito Santo Glorificando a Cristo”.

O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, o prefeito de Brasília José Messias de Souza, a ex-senadora Benedita da Silva estavam presentes no culto de abertura. Durante toda a convenção outros parlamentares também passaram pelo evento.

Em todos os cultos, os cantores da gravadora CPAD Music, louvaram a Deus. Entre outros, Marcelo Santos, Sumara Santos, Miria Mical, Vitorino Silva e quarteto Gileade. Em todas as apresentações, a Igreja glorificava ao Senhor por sentir a unção divina.

Plenárias

Logo no período da manhã da terça feira (9), as enormes filas no credenciamento prenunciavam a esmagadora presença dos convencionais. Dentro do pavilhão iniciava-se o devocional com a preleção do pastor Roberto José dos Santos (PE), líder da Convenção Estadual de Abreu e Lima (COMADALPE). Ele pregou sobre “O Espírito Santo glorificando a Cristo na santificação”. Ao final de sua ministração, o pastor José Wellington deu início à primeira plenária da Assembleia Geral Ordinária (AGO). Os assuntos abordados foram apenas administrativos, concernentes a própria Convenção que acabara de ser iniciada.

Já no período da tarde o preletor foi o pastor da convenção do Rio Grande do Sul (CIEPADERGS) Ubiratan Batista Job. Sob o tema “o Espírito Santo glorificando a Cristo na salvação do pecador”, ele mostrou como o Espírito Santo fez isso em relação a Cristo durante seu ministério terreno. Na plenária que seguiu após a pregação, foi votada a proposta de comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante, que foi aprovada. Decidiu-se que será comemorada de 2013 a 2017, lideradas por pastores presidentes de convenções. Na mesma reunião foi aprovada uma moção de apoio ao deputado e pastor Marco Feliciano, que estava presente no plenário. O documento será enviado a presidente Dilma Rousself.

No dia seguinte (10) pela manhã, o pastor José Antonio dos Santos, presidente da convenção alagoana (COMADAL) foi o responsável por ministrar a Palavra. “O Espírito Santo glorificando a Cristo no arrebatamento da Igreja”, foi o tema em que discorreu sua pregação. No período da tarde, o pastor Anísio do Nascimento (RJ), secretário executivo da Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), falou sobre a obra missionária, intitulando sua preleção em “O Espírito Santo glorificando a Cristo na Obra Missionária”.

CPAD

Neste mesmo dia (10) foram apresentados aos convencionais o andamento do projeto de evangelização da AD na Copa de 2014, os relatórios da CGADB e da CPAD e a escolha do Conselho Administrativa da Casa Publicadora. Pela primeira vez na história da AD, a eleição para o Conselho Administrativo aconteceu antes da escolha da Mesa Diretora da CGADB. O pastor Samuel Câmara havia entrado com uma liminar para impedir que isso ocorresse, mas o presidente da Comissão eleitoral, pr. Abiezer Apolinário, leu a decisão de uma juíza de Manaus, derrubando a liminar.

A formação do Conselho Administrativa da CPAD ficou formada assim: Presidente: Pr. José Wellington Costa Júnior (SP); 1º Vice-presidente: Pr. Kemuel Sotero (ES); 2º Vice-presidente: Pr. Orcival Xavier (DF); 1º Secretário: Pr. Lucifrandis Barbosa Tavares (AP) e 2º Secretário: Pr. Valdomiro Pereira da Silva (BA).  

Eleição

A quinta feira (11) foi o dia de maior expectativa. Logo às 8h, abriram-se as sessões eleitorais para a escolha do presidente e toda Mesa diretora da CGADB. Filas enormes se formaram e por ser votos em cédulas, causou muita demora. Um pastor de São Paulo disse ter esperado 4 horas para votar. Houve algumas reclamações quanto à organização. Muitos pastores vieram para Brasília apenas no dia da eleição, e logo voltaram para as suas cidades.

Às 17h se encerrou a votação e foi iniciada a apuração. O painel eletrônico a todo instante mostrava o resultado parcial da contagem dos votos, que era acompanhada por milhares de pessoas no pavilhão. Cabos eleitorais das duas chapas se mostravam ansiosos para chegar o resultado final.

Resultado

A apuração dos votos para presidente foi acirrada com um percentual de 54% dos votos contra 45% do pastor Samuel Câmara, que já tentou se eleger por três vezes. O pastor José Wellington, 78 anos de idade, conseguiu se reeleger e cumprirá mais quatro anos de mandato como líder da CGADB, que somados aos 25 anos, serão 29 anos a frente da maior denominação evangélica do Brasil, com seus mais de 12 milhões de fieis. O pastor José Wellington Bezerra da Costa obteve 9.303 votos válidos e Câmara, 7.407. Votos brancos totalizaram em 162 e 175 foram os votos nulos.

Esta é a formação escolhida para o próximo mandato: Presidente: José Wellington Bezerra da Costa (SP); 1º Vice-Presidente (Região Sul): Ubiratan Batista Job (RS); 2º Vice-Presidente (Região Centro-Oeste): Sóstenes Apolos da Silva (DF); 3º Vice-Presidente (Região Norte): Jonatas Câmara (AM); 4º Vice-Presidente (Região Nordeste): José Antonio dos Santos (AL); 5º Vice-Presidente (Região Sudeste): Temoteo Ramos de Oliveira (RJ).

Presente na apuração e reconhecendo a vitória de pastor José Wellington, Câmara parabenizou o pastor Wellington, desejando sucesso e a direção de Deus em mais um mandato como presidente.

John Wesley e sua trajetória cristã



John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu em 17 de junho de 1703, em Epworth, na Inglaterra. Devido às atividades pastorais que impediam seu pai de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos.

Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, sua mãe dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.
Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar John, usando o livro dos Salmos como apostila. Ele estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.

John Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo". Alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como “metodistas”. Wesley preferia chamá-los simplesmente de “Metodistas de Oxford”.

Neste grupo, Wesley e seu irmão Carlos iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Ele passou então a se interessar mais pela questão social e a miséria que a Inglaterra vivia na época. Assim, gradua-se em Teologia, e pôde ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana. Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: ser missionário na Virgínia, Nova Inglaterra.

Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.

No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados. Nesse dia Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, é assim narrada em seu diário: "Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava em praças e salões, muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja. Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes.

Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

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