quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Anencefalia. A vida está nas mãos de quem?

  


                   Pastores dividem opinião sobre aborto em casos de fetos gerados sem cérebros.

Segundo a Enciclopédia Wikipédia, a anencefalia é uma má-formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária.

Ao contrário do que o termo possa sugerir, a anencefalia não caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em que se observam graus variados de danos encefálicos. Na prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.

Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de gestação, através de um exame de ultrassonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal.

O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada.

A anencefalia foi a pauta que por muito tempo tramitou em sessões políticas a fim de chegarem a uma conclusão sobre um assunto tão polêmico: o aborto. Por fim, o Supremo Tribunal Federal aprovou no mês de abril, por 8 votos a favor e 2 contra, o aborto em casos de fetos anencéfalos, ou seja, aborto em caso de anencefalia deixa de ser crime. O termo “aborto” quase não foi usado durante o julgamento. A expressão foi substituída por “antecipação terapêutica do parto” gerando diversas críticas pelos adeptos da causa “pró-vida”, que é contra o aborto.

Revistas, blogs e sites publicaram as mais diversas opiniões da comunidade evangélica, dentre os quais pastores que defendem suas posições sobre o assunto. O site gospelnoticiasbrasil.com afirma que o pastor Ricardo Gondim, líder da Igreja Betesda, manifestou apoio à decisão do STF através do seu Twitter. Em uma de suas mensagens postadas, ele diz: “Células se multiplicando não significa humanidade - as amebas e diversos tipos de câncer fazem o mesmo. Portanto sem cérebro não há vida, apenas células em funcionamento”, concluiu.

Ele afirmou ainda que “morte cerebral significa morte, mesmo que os órgãos sejam mantidos vivos. Se desligar não mata, apenas evita que outras pessoas se beneficiem. Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel Uma pessoa descerebrada é mantida viva apenas para doação de órgão. Desligar a máquina e não doar, pra mim, é um crime contra a humanidade”, disse o pastor, comparando o caso dos fetos anencéfalos ao de pessoas com morte cerebral.

Pastor Gondim se auto-entitulou “O herége da vez” quando publicou assuntos que foram criticados pela comunidade evangélica. Dentre os polêmicos casos, ele disse que “Deus não podia impedir o Tsunami”.

Já o pastor Silas Malafaia decidiu dar sua opinião a respeito não somente como pastor, mas também no jurídico e científico. O pastor Malafaia diz que Deus participa de todo desenvolvimento do ser humano. Ele citou Lucas 1:31 e Salmo 139. Formado em psicologia disse que os traumas sofridos por um aborto é bem maior que a gestação de um feto anencéfalo, pois acredita que as marcas do aborto sofrido, a mulher certamente carregará por toda a vida. Silas Malafaia ao final de sua opinião disse: “Deus participou de todo o desenvolvimento da vida fetal. Dar a vida e tirá-la pertence à soberania de Deus”.

O pastor e deputado federal Marco Feliciano escreveu em seu site que quando Deus criou o homem à sua semelhança não fez acepção da condição de saúde e só quem dá a vida é quem pode tirá-la. Se o bebê anencéfalo não tiver condições de sobrevida, a natureza por designo do criador se encarrega do desfecho, sem que uma mãe venha a carregar um sentimento de culpa pelo resto da vida, induzida por pessoas insensíveis que só enxergam a vida de modo material. “Amanhã vão querer legalizar o aborto de criança portadora de qualquer outra anomalia, e, com argumentos infundados, querem tornar a vida humana um objeto de decisões humanas contrariando o que aprendemos que como criaturas de Deus, sempre portaremos a marca da semelhança e portador do Direito à vida, seja ela de que forma for, desde a concepção”, completou.

E você amigo leitor, o que pensa sobre o assunto? Nunca foi tão aceito pela sociedade assuntos que divergem da nossa fé. Não venho expor aqui minha opinião, mas a infalível Bíblia será sempre soberana.  Mediante a tantas opiniões quero que reflita sobre a seguinte pergunta: A vida está nas mãos de quem?

Alex Silva

Quem foi Martinho Lutero?



Martinho Lutero foi o precursor da Reforma Protestante. Ele foi o segundo filho de Hans Luther com Margaret Ziegler e nasceu em 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha. Em 1484, sua família mudou-se para Mansfeld onde começou a frequentar a escola eclesiástica local, aos cinco anos de idade.

Aos 14 anos, Martinho foi enviado para estudar em Magdeburg, onde não ficou muito tempo. Em 1501, Lutero terminou seus estudos e transferiu-se para a Universidade de Erfurt para estudar Jurisprudência , Filosofia e Direito.

No dia 2 de julho de 1505, voltando de uma visita aos seus pais, um raio caiu bem próximo de Martinho e o medo o levou a fazer uma promessa de virar monge caso não morresse. Como nada ocorreu a Martinho, ele ingressou no convento dos eremitas agostinianos de Erfurt.

Em 4 de abril de 1507 ele foi ordenado sacerdote. Em 1509, Martinho tornou-se bacharel em teologia e foi convidado a lecionar em Erfurt. Ele começou a analisar a teologia reconhecendo Deus e sua vontade soberana e começou a considerar os dogmas e leis como expressões da vontade de Deus.

Em 1510, viajou a Roma para impedir que fosse efetuada a fusão dos conventos agostinianos (da larga e estrita observância). No outono do ano de 1511, Lutero foi transferido para Wittenberg onde começou a pregar e, um ano depois, fez doutorado em teologia.

A partir de 1515 começou a denunciar alguns abusos da igreja católica e questionar o pecado original. Lutero denunciou também a compra de lotes no céu e o pagamento de ouro aos padres para que fosse concedido o perdão. Ele acreditava que só se conseguia o perdão verdadeiro quando o indivíduo estivesse realmente arrependido. Lutero tentou combater os falsos pregadores da indulgência.

Em 1 de novembro de 1517, Martinho Lutero pregou na frente da igreja do palácio de Wittemberg 95 teses sobre indulgências. Suas teses foram publicadas e chegaram à opinião pública. Assim, a reforma protestante começou. Ele foi demitido de seu cargo de vigário de distrito pelas suas teses. Em maio de 1518, Lutero enviou uma carta ao Papa defendendo-se e dizendo que não tinha a intenção, com a publicação de suas teses, de ofendê-lo ou de se separar da religião católica. Lutero foi excomungado pelo Papa.

Pouco tempo depois, estava passando de carroça por uma estrada e foi sequestrado. Segundo historiadores, esse foi na verdade um falso sequestro feito por Frederico, um sábio, para proteger seu amigo Lutero. Pouco tempo depois começou a ser considerado um fora da lei.

O Papa Leão X morreu em 1521, ano em que Lutero saiu do castelo de Frederico e começou a se reunir com seus amigos protestantes. A nobreza alemã estava cansada dos abusos da igreja e se uniu à reforma. Lutero que anteriormente queria uma reconciliação com a igreja católica, agora desejava separação e chamou a Igreja Romana de igreja demoníaca e disse que Roma era a capital do inferno.

Em 15 de junho de 1525, Lutero se casou com uma ex-freira, Catarina Von Borá. Nessa mesma época o luteranismo se espalhou por diversos países da Europa. Em 1527 os ingleses uniram-se a Roma e criaram uma coligação para derrotar o rei da Alemanha e reinstalar o catolicismo no local. O rei da Alemanha, Carlos V, como resposta, invadiu Roma juntamente com italianos e espanhóis.

Lutero foi encontrado morto por alguns amigos aos 63 anos de idade, em sua cama, em sua cidade natal (Eisleben). Morreu no dia 18 de fevereiro de 1546 e foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, a mesma onde havia afixado as suas 95 teses cerca de 30 anos antes.

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