terça-feira, 14 de maio de 2013

Pode um crente sofrer de Depressão?



O mal do século - A segunda maior doença no mundo será a mais comum até 2030, superando o câncer e as doenças cardíacas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A depressão trará altos custos ao governo para tratar as vítimas e um desequilíbrio produtivo no país. O termo depressão reflete a complexidade deste fenômeno. Pode ser definida como uma exaustão mental e ou física, provocadas por diversos fatores internos como questões hormonais, células cerebrais, ou outros fatores químicos do organismo. Também é provocada por fatores externos como perdas, dor moral, perda da estima de si, estresses, abandono psicológico, pressões da vida, etc. É a doença menos diagnosticada e a mais debilitante que existe.

O assunto tem preocupado tanto a sociedade, que o médico Dr. Drauzio Varella foi convidado pela Rede Globo de Televisão a falar sobre a doença no programa Fantástico, por vários domingos. Em seu site, ele diz que o diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônias, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.

Sintomas - Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias; Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades; Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional; Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias; Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias; Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente; Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade; Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se; Ideias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

Se não tratada devidamente, pode levar a uma incapacidade de gerenciar a própria vida e à perda da responsabilidade em relação aos outros. A depressão pode levar a casos extremos como o suicídio. A doença está associada à morte de cerca de 850 mil pessoas por ano, conforme a OMS.

Mas para o cristão trata-se de uma doença psíquica ou influência maligna? Pode um crente em Jesus sofrer de depressão? Qual o limite da atuação do diabo e de um distúrbio psicológico numa pessoa depressiva?

O profeta depressivo - A bíblia relata que o profeta Elias, após ser ameaçado de morte, fugiu para o deserto para salvar sua vida e chegou a pedir a morte (I Reis 19:3 e 4). A retração social e a falta de ânimo para viver são aspectos patentes de quem está depressivo. A exaustão mental que o profeta acarretou após lidar com um povo rebelde e o decreto de Jezabel em matar-lhe lhe provocou um colapso psicológico que o levou à depressão. Não foi atuação maligna, mas as situações que lhe envolveram o levaram a tal estado.

Deus tratou o problema de Elias em pelos menos três estágios. Nos versículos 5 e 6 o anjo disse ao profeta para se levantar e comer, ou seja, o depressivo precisa recompor energias, pois no deserto há escassez de alimento. O pão, rico em carboidratos, lhe devolveria ânimo.
Ao lhe perguntar “o que fazes aqui Elias?” (v9), o Senhor lhe provoca uma resposta imediata. O fato de o depressivo conseguir expor sua situação é um dos degraus de superação do problema, pois se sente aliviado em conseguir compartilhar.

Por último, no versículo 11, o Senhor lhe dá uma orientação espiritual: “Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar”. Se esconder na caverna, não é solução para resolução de problemas. Deus lhe orientou a ficar em Sua presença, pois em tal posição receberia vitória.  

Vencendo a depressão - A depressão atinge todas as classes sociais, todas as raças, ateus, religiosos e evangélicos. Temos emoções e sentimentos; reagimos às situações e às circunstâncias de maneira profundamente pessoal. Temos um corpo, cheio de suas complexidades. Somos humanos e temos necessidades, carências, desejos, anseios e características próprias do ser humano. Tudo isto é importante e fundamental para conseguirmos compreender o que está acontecendo.

É imprescindível que um crente, ao perceber que seu estado psicológico está crônico, procure um psicólogo ou psiquiatra para se tratar. Somos seres humanos passíveis de debilidades, inclusive mentais, que podem nos levar a sérias consequências se não forem cuidadas. Infelizmente, na ignorância de muitos em dizer que este tipo de doença é definitivamente de origem demoníaca, temos sabido que alguns crentes se suicidaram no ápice de sua doença.

Segundo o pastor e psicólogo Ricardo Gondin, o inimigo gosta de se aproveitar do estado depressivo das pessoas para arruiná-las. “Ele dirá que você nunca conseguirá sair de tal situação, que a vida não tem mais sentido e que Deus não existe”. Mas sair de dentro de si ajuda a superar o problema. Fazer visitas a doentes em hospitais ajudará o depressivo a ver que existem pessoas passando por problemas tão graves, que o dela se tornará bem pequeno. Liberar o perdão a alguém que o magoou e foi um fator que levou a pessoa a este estado profundo de tristeza, certamente será uma saída.

O Deus que Cura – No discorrer deste artigo vimos que a depressão é a causa de várias circunstâncias, de fatores internos ou externos, que leva uma pessoa a um estado de estresse mental. Deus, o Senhor que cura, é poderoso para sanar esta problemática que um indivíduo possa ter. Seja de origem psíquica ou espiritual, para Ele não faz diferença. Mas não nos esqueçamos de que o próprio Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mateus 9:12). Logo, a medicina está disponível para nos ajudar e o que for impossível para os homens, para Deus tudo é possível.  
Alex Silva

Quem são os Irmãos Menonitas?



Com a Reforma Protestante do século XVI, a doutrina da justificação pela fé e do sacerdócio universal foram colocadas em foco. Contudo, enquanto Lutero, Calvino e Zwinglio mantiveram o batismo infantil e a vinculação da igreja ao Estado, os anabatistas ansiavam por uma reforma mais profunda. Os anabatistas, assim chamados por defenderem o batismo somente de pessoas adultas, fundaram então sua primeira igreja no dia 21 de janeiro de 1525, próximo a Zurique (Suíça), de acordo com a doutrinas pregadas no Novo Testamento.

Os princípios enfatizados pelos anabatistas foram: que as Escrituras Sagradas, em especial o Novo Testamento, são a autoridade final; que a igreja é uma irmandade formada de pessoas renascidas; que a essência do cristianismo consiste no discipulado de Cristo e que a ética do amor rege todas as relações humanas. O testemunho pessoal e a perseguição religiosa levaram os anabatistas e a nova doutrina a diferentes países da Europa, surgindo inúmeras igrejas inicialmente na Prússia (atual Alemanha), Áustria e Holanda. Neste último, um dos grandes líderes anabatistas foi Menno Simons (1496-1561), cuja influência sobre o grupo foi tão profunda que seus adversários passaram a chamar aos anabatistas de “menonitas”.

Em meados do século passado, o pastor evangélico Eduardo Wuest foi da Alemanha, trabalhar entre seus conterrâneos que moravam no sul da Rússia, próximo à colônia Menonita de Molotschna. Simultaneamente, este pastor passou a dirigir estudos bíblicos nas igrejas Menonitas.

Tanto o evangelho pregado pelo pastor Eduardo Wuest como a literatura religiosa ao pietismo de Wuerttemberg, na Alemanha, movimento de avivamento com ênfase na regeneração e santificação, encontraram boa aceitação junto a muitos que, insatisfeitos com o estado das igrejas, almejavam uma vida renovada. O resultado foi um reavivamento espiritual na região, onde muitas pessoas se converteram ao Senhor e começaram uma nova vida com Jesus. Um grupo destes novos crentes, após muitas orações fervorosas e estudo profundo da Palavra de Deus, fundou a Igreja Irmãos Menonitas em 06 de janeiro de 1860.

Através da imigração, a Igreja Irmãos Menonitas expandiu-se para as Américas do Norte e do Sul. Em cumprimento à grande comissão do Senhor Jesus: "ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16: 15), muitos missionários da América do Norte foram a outros países, especialmente da África e da Ásia, proclamar o evangelho da salvação.

Assim, quando em 1930 um grupo de Menonitas de origem alemã veio da Rússia ao Brasil, o trabalho de pregação do evangelho foi iniciado com auxílio dos irmãos da América do Norte. Há uma colônia Menonita também no Paraguai.
Fonte: www.menonita.net

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A ética ministerial e a igreja




A palavra ética resulta em uma prática da filosofia social, que indica as normas que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade. A ética é a conduta humana que rege seus atos pessoais e públicos, logo, dentro da igreja não pode ser diferente.

Numa reunião de obreiros, o pastor presidente relatou o caso de um pastor que, ao realizar um casamento numa das congregações, trouxe um grande problema ao ministério. Esse obreiro, ao falar para noiva os cuidados que ela deveria ter na vida matrimonial, incluiu sua aparência pessoal, e neste momento, fez uma comparação com uma das madrinhas, para mostrar que a noiva nunca poderia chegar naquela situação. Isto rendeu um processo à igreja e nada pôde reparar a vergonha que a madrinha passou naquela ocasião.

Talvez ao ler esse caso, você tenha se lembrado de algo vivido ou presenciado. Infelizmente não é algo incomum. Poderia citar alguns casos que resultaram em grandes confusões e até em crentes que se desviaram da igreja, tamanho o constrangimento que lhe fizeram passar.

Não foram poucas as vezes que vi crentes serem chamados por codinomes, sempre se referindo a aspectos físicos que os diferenciam da maioria das pessoas. Expor as pessoas chamando-as de gorda, careca, pretinho, gago, ceguinho, etc, consiste num grande desrespeito e mostra o quão grande despreparo o anunciante tem para lidar com o público.

Algumas pessoas, quando detêm o microfone, se acham no direito de falar o que querem, sem se preocupar com os sentimentos dos seus ouvintes. Crentes são dotados de sentimentos sim, e podem se sentirem magoados e ofendidos por palavras dirigidas a elas em meio ao público.

Jesus, em suas atitudes, mostrou-nos o quanto foi ético com as pessoas. Quando ele entrou em Jerusalém, viu Zaqueu que subira em uma figueira brava para vê-lo passar. Cristo não o chamou de baixinho (pois era de baixa estatura) e nem de publicano, mas o chamou pelo nome e foi bem recebido por Zaqueu (Lucas 19:1-10).

Quando Jesus curou os dez leprosos (Lucas17:11-19) ao falar com o único que veio lhe agradecer, disse: “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?”. Ora, Cristo poderia ter perguntado: Não foram dez leprosos? Ele usou de outros vocabulários para não rotulá-los por suas características.

O professor de Expressão Verbal Reinaldo Polito, no livro “Como falar corretamente e sem inibições” (Editora Saraiva) orienta como se portar em frente ao público. O autor ensina como lidar e como o conquistar o público a quem se fala. Ainda ensina que o orador deve ter sempre em mente nunca fazer brincadeiras que humilhem ou magoem as pessoas.

Penso que desviar o foco do culto com gracejos e piadas, desvirtua a espiritualidade e põe em xeque a postura de quem está falando. Já passamos da hora de evitar esses tipos de problemas. Usar o tempo para adorar a Jesus, é muito mais proveitoso. 

41ª AGO reelege pastor José Wellington presidente das Assembleias de Deus do Brasil


Estrutura
A 41ª Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil superou todas as expectativas. Foram mais de 24 mil inscritos, de todo a Brasil, para escolherem quem seria o presidente da maior denominação evangélica do país, pelo próximo quadriênio. A cidade de Brasília (DF) ficou pequena para receber os convencionais que, entre os dias 8 e 12 de abril, sediou o maior evento esperado pelos assembleianos. O evento ocorreu no Pavilhão de Exposições de Brasília, no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, para receber a multidão que a todo instante desembarcavam nos aeroportos, rodoviárias e em caravanas que tomaram as ruas da cidade.

O setor hoteleiro da capital federal não foi suficiente para acomodar a todos, logo, os hotéis das cidades vizinhas também foram ocupados. Calcula-se que só pessoas envolvidas em trabalhos diretos e indiretos na convenção foram mais de 1 mil. Aos arredores do pavilhão dezenas de tendas foram montadas com capacidade para acomodar quase 500 pessoas em cada uma, facilitando os obreiros que não conseguiram vagas nos hotéis. Praças de alimentação, lojas, estúdios de rádios e televisões, livrarias e palcos para apresentações musicais também compunham o cenário. 

Culto de abertura

A abertura oficial aconteceu na segunda feira (8) à noite com cerca de 12 mil pessoas. Sob a direção do pastor Ronaldo Fonseca, a cerimônia iniciou com a entrada das bandeiras dos 27 estados do Brasil, conduzidas pelos Dragões da Independência, além de militares que entraram com as bandeiras do Brasil, da CGADB, da CPAD e da Assembleia de Deus do Brasil, tudo ao som da Banda da Polícia do Exército de Brasília. Também um coral de jovens com 2 mil componentes abrilhantaram a festa de abertura. A preleção da noite ficou a cargo do pastor José Wellington que pregou sobre “O Espírito Santo Glorificando a Cristo”.

O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, o prefeito de Brasília José Messias de Souza, a ex-senadora Benedita da Silva estavam presentes no culto de abertura. Durante toda a convenção outros parlamentares também passaram pelo evento.

Em todos os cultos, os cantores da gravadora CPAD Music, louvaram a Deus. Entre outros, Marcelo Santos, Sumara Santos, Miria Mical, Vitorino Silva e quarteto Gileade. Em todas as apresentações, a Igreja glorificava ao Senhor por sentir a unção divina.

Plenárias

Logo no período da manhã da terça feira (9), as enormes filas no credenciamento prenunciavam a esmagadora presença dos convencionais. Dentro do pavilhão iniciava-se o devocional com a preleção do pastor Roberto José dos Santos (PE), líder da Convenção Estadual de Abreu e Lima (COMADALPE). Ele pregou sobre “O Espírito Santo glorificando a Cristo na santificação”. Ao final de sua ministração, o pastor José Wellington deu início à primeira plenária da Assembleia Geral Ordinária (AGO). Os assuntos abordados foram apenas administrativos, concernentes a própria Convenção que acabara de ser iniciada.

Já no período da tarde o preletor foi o pastor da convenção do Rio Grande do Sul (CIEPADERGS) Ubiratan Batista Job. Sob o tema “o Espírito Santo glorificando a Cristo na salvação do pecador”, ele mostrou como o Espírito Santo fez isso em relação a Cristo durante seu ministério terreno. Na plenária que seguiu após a pregação, foi votada a proposta de comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante, que foi aprovada. Decidiu-se que será comemorada de 2013 a 2017, lideradas por pastores presidentes de convenções. Na mesma reunião foi aprovada uma moção de apoio ao deputado e pastor Marco Feliciano, que estava presente no plenário. O documento será enviado a presidente Dilma Rousself.

No dia seguinte (10) pela manhã, o pastor José Antonio dos Santos, presidente da convenção alagoana (COMADAL) foi o responsável por ministrar a Palavra. “O Espírito Santo glorificando a Cristo no arrebatamento da Igreja”, foi o tema em que discorreu sua pregação. No período da tarde, o pastor Anísio do Nascimento (RJ), secretário executivo da Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), falou sobre a obra missionária, intitulando sua preleção em “O Espírito Santo glorificando a Cristo na Obra Missionária”.

CPAD

Neste mesmo dia (10) foram apresentados aos convencionais o andamento do projeto de evangelização da AD na Copa de 2014, os relatórios da CGADB e da CPAD e a escolha do Conselho Administrativa da Casa Publicadora. Pela primeira vez na história da AD, a eleição para o Conselho Administrativo aconteceu antes da escolha da Mesa Diretora da CGADB. O pastor Samuel Câmara havia entrado com uma liminar para impedir que isso ocorresse, mas o presidente da Comissão eleitoral, pr. Abiezer Apolinário, leu a decisão de uma juíza de Manaus, derrubando a liminar.

A formação do Conselho Administrativa da CPAD ficou formada assim: Presidente: Pr. José Wellington Costa Júnior (SP); 1º Vice-presidente: Pr. Kemuel Sotero (ES); 2º Vice-presidente: Pr. Orcival Xavier (DF); 1º Secretário: Pr. Lucifrandis Barbosa Tavares (AP) e 2º Secretário: Pr. Valdomiro Pereira da Silva (BA).  

Eleição

A quinta feira (11) foi o dia de maior expectativa. Logo às 8h, abriram-se as sessões eleitorais para a escolha do presidente e toda Mesa diretora da CGADB. Filas enormes se formaram e por ser votos em cédulas, causou muita demora. Um pastor de São Paulo disse ter esperado 4 horas para votar. Houve algumas reclamações quanto à organização. Muitos pastores vieram para Brasília apenas no dia da eleição, e logo voltaram para as suas cidades.

Às 17h se encerrou a votação e foi iniciada a apuração. O painel eletrônico a todo instante mostrava o resultado parcial da contagem dos votos, que era acompanhada por milhares de pessoas no pavilhão. Cabos eleitorais das duas chapas se mostravam ansiosos para chegar o resultado final.

Resultado

A apuração dos votos para presidente foi acirrada com um percentual de 54% dos votos contra 45% do pastor Samuel Câmara, que já tentou se eleger por três vezes. O pastor José Wellington, 78 anos de idade, conseguiu se reeleger e cumprirá mais quatro anos de mandato como líder da CGADB, que somados aos 25 anos, serão 29 anos a frente da maior denominação evangélica do Brasil, com seus mais de 12 milhões de fieis. O pastor José Wellington Bezerra da Costa obteve 9.303 votos válidos e Câmara, 7.407. Votos brancos totalizaram em 162 e 175 foram os votos nulos.

Esta é a formação escolhida para o próximo mandato: Presidente: José Wellington Bezerra da Costa (SP); 1º Vice-Presidente (Região Sul): Ubiratan Batista Job (RS); 2º Vice-Presidente (Região Centro-Oeste): Sóstenes Apolos da Silva (DF); 3º Vice-Presidente (Região Norte): Jonatas Câmara (AM); 4º Vice-Presidente (Região Nordeste): José Antonio dos Santos (AL); 5º Vice-Presidente (Região Sudeste): Temoteo Ramos de Oliveira (RJ).

Presente na apuração e reconhecendo a vitória de pastor José Wellington, Câmara parabenizou o pastor Wellington, desejando sucesso e a direção de Deus em mais um mandato como presidente.

John Wesley e sua trajetória cristã



John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu em 17 de junho de 1703, em Epworth, na Inglaterra. Devido às atividades pastorais que impediam seu pai de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos.

Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, sua mãe dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.
Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar John, usando o livro dos Salmos como apostila. Ele estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.

John Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo". Alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como “metodistas”. Wesley preferia chamá-los simplesmente de “Metodistas de Oxford”.

Neste grupo, Wesley e seu irmão Carlos iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Ele passou então a se interessar mais pela questão social e a miséria que a Inglaterra vivia na época. Assim, gradua-se em Teologia, e pôde ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana. Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: ser missionário na Virgínia, Nova Inglaterra.

Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.

No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados. Nesse dia Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, é assim narrada em seu diário: "Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava em praças e salões, muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja. Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes.

Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Anencefalia. A vida está nas mãos de quem?

  


                   Pastores dividem opinião sobre aborto em casos de fetos gerados sem cérebros.

Segundo a Enciclopédia Wikipédia, a anencefalia é uma má-formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária.

Ao contrário do que o termo possa sugerir, a anencefalia não caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em que se observam graus variados de danos encefálicos. Na prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.

Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de gestação, através de um exame de ultrassonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal.

O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada.

A anencefalia foi a pauta que por muito tempo tramitou em sessões políticas a fim de chegarem a uma conclusão sobre um assunto tão polêmico: o aborto. Por fim, o Supremo Tribunal Federal aprovou no mês de abril, por 8 votos a favor e 2 contra, o aborto em casos de fetos anencéfalos, ou seja, aborto em caso de anencefalia deixa de ser crime. O termo “aborto” quase não foi usado durante o julgamento. A expressão foi substituída por “antecipação terapêutica do parto” gerando diversas críticas pelos adeptos da causa “pró-vida”, que é contra o aborto.

Revistas, blogs e sites publicaram as mais diversas opiniões da comunidade evangélica, dentre os quais pastores que defendem suas posições sobre o assunto. O site gospelnoticiasbrasil.com afirma que o pastor Ricardo Gondim, líder da Igreja Betesda, manifestou apoio à decisão do STF através do seu Twitter. Em uma de suas mensagens postadas, ele diz: “Células se multiplicando não significa humanidade - as amebas e diversos tipos de câncer fazem o mesmo. Portanto sem cérebro não há vida, apenas células em funcionamento”, concluiu.

Ele afirmou ainda que “morte cerebral significa morte, mesmo que os órgãos sejam mantidos vivos. Se desligar não mata, apenas evita que outras pessoas se beneficiem. Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel Uma pessoa descerebrada é mantida viva apenas para doação de órgão. Desligar a máquina e não doar, pra mim, é um crime contra a humanidade”, disse o pastor, comparando o caso dos fetos anencéfalos ao de pessoas com morte cerebral.

Pastor Gondim se auto-entitulou “O herége da vez” quando publicou assuntos que foram criticados pela comunidade evangélica. Dentre os polêmicos casos, ele disse que “Deus não podia impedir o Tsunami”.

Já o pastor Silas Malafaia decidiu dar sua opinião a respeito não somente como pastor, mas também no jurídico e científico. O pastor Malafaia diz que Deus participa de todo desenvolvimento do ser humano. Ele citou Lucas 1:31 e Salmo 139. Formado em psicologia disse que os traumas sofridos por um aborto é bem maior que a gestação de um feto anencéfalo, pois acredita que as marcas do aborto sofrido, a mulher certamente carregará por toda a vida. Silas Malafaia ao final de sua opinião disse: “Deus participou de todo o desenvolvimento da vida fetal. Dar a vida e tirá-la pertence à soberania de Deus”.

O pastor e deputado federal Marco Feliciano escreveu em seu site que quando Deus criou o homem à sua semelhança não fez acepção da condição de saúde e só quem dá a vida é quem pode tirá-la. Se o bebê anencéfalo não tiver condições de sobrevida, a natureza por designo do criador se encarrega do desfecho, sem que uma mãe venha a carregar um sentimento de culpa pelo resto da vida, induzida por pessoas insensíveis que só enxergam a vida de modo material. “Amanhã vão querer legalizar o aborto de criança portadora de qualquer outra anomalia, e, com argumentos infundados, querem tornar a vida humana um objeto de decisões humanas contrariando o que aprendemos que como criaturas de Deus, sempre portaremos a marca da semelhança e portador do Direito à vida, seja ela de que forma for, desde a concepção”, completou.

E você amigo leitor, o que pensa sobre o assunto? Nunca foi tão aceito pela sociedade assuntos que divergem da nossa fé. Não venho expor aqui minha opinião, mas a infalível Bíblia será sempre soberana.  Mediante a tantas opiniões quero que reflita sobre a seguinte pergunta: A vida está nas mãos de quem?

Alex Silva

Quem foi Martinho Lutero?



Martinho Lutero foi o precursor da Reforma Protestante. Ele foi o segundo filho de Hans Luther com Margaret Ziegler e nasceu em 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha. Em 1484, sua família mudou-se para Mansfeld onde começou a frequentar a escola eclesiástica local, aos cinco anos de idade.

Aos 14 anos, Martinho foi enviado para estudar em Magdeburg, onde não ficou muito tempo. Em 1501, Lutero terminou seus estudos e transferiu-se para a Universidade de Erfurt para estudar Jurisprudência , Filosofia e Direito.

No dia 2 de julho de 1505, voltando de uma visita aos seus pais, um raio caiu bem próximo de Martinho e o medo o levou a fazer uma promessa de virar monge caso não morresse. Como nada ocorreu a Martinho, ele ingressou no convento dos eremitas agostinianos de Erfurt.

Em 4 de abril de 1507 ele foi ordenado sacerdote. Em 1509, Martinho tornou-se bacharel em teologia e foi convidado a lecionar em Erfurt. Ele começou a analisar a teologia reconhecendo Deus e sua vontade soberana e começou a considerar os dogmas e leis como expressões da vontade de Deus.

Em 1510, viajou a Roma para impedir que fosse efetuada a fusão dos conventos agostinianos (da larga e estrita observância). No outono do ano de 1511, Lutero foi transferido para Wittenberg onde começou a pregar e, um ano depois, fez doutorado em teologia.

A partir de 1515 começou a denunciar alguns abusos da igreja católica e questionar o pecado original. Lutero denunciou também a compra de lotes no céu e o pagamento de ouro aos padres para que fosse concedido o perdão. Ele acreditava que só se conseguia o perdão verdadeiro quando o indivíduo estivesse realmente arrependido. Lutero tentou combater os falsos pregadores da indulgência.

Em 1 de novembro de 1517, Martinho Lutero pregou na frente da igreja do palácio de Wittemberg 95 teses sobre indulgências. Suas teses foram publicadas e chegaram à opinião pública. Assim, a reforma protestante começou. Ele foi demitido de seu cargo de vigário de distrito pelas suas teses. Em maio de 1518, Lutero enviou uma carta ao Papa defendendo-se e dizendo que não tinha a intenção, com a publicação de suas teses, de ofendê-lo ou de se separar da religião católica. Lutero foi excomungado pelo Papa.

Pouco tempo depois, estava passando de carroça por uma estrada e foi sequestrado. Segundo historiadores, esse foi na verdade um falso sequestro feito por Frederico, um sábio, para proteger seu amigo Lutero. Pouco tempo depois começou a ser considerado um fora da lei.

O Papa Leão X morreu em 1521, ano em que Lutero saiu do castelo de Frederico e começou a se reunir com seus amigos protestantes. A nobreza alemã estava cansada dos abusos da igreja e se uniu à reforma. Lutero que anteriormente queria uma reconciliação com a igreja católica, agora desejava separação e chamou a Igreja Romana de igreja demoníaca e disse que Roma era a capital do inferno.

Em 15 de junho de 1525, Lutero se casou com uma ex-freira, Catarina Von Borá. Nessa mesma época o luteranismo se espalhou por diversos países da Europa. Em 1527 os ingleses uniram-se a Roma e criaram uma coligação para derrotar o rei da Alemanha e reinstalar o catolicismo no local. O rei da Alemanha, Carlos V, como resposta, invadiu Roma juntamente com italianos e espanhóis.

Lutero foi encontrado morto por alguns amigos aos 63 anos de idade, em sua cama, em sua cidade natal (Eisleben). Morreu no dia 18 de fevereiro de 1546 e foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, a mesma onde havia afixado as suas 95 teses cerca de 30 anos antes.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Evangélicos na passarela do samba


 
Ao fazer uma pesquisa na Internet me deparei com a seguinte manchete: “Portela terá Zé Pelintra interpretado por ator evangélico“, se referindo a uma escola de samba carioca, que terá um bloco com 100 “malandros”, que vão formar a Ala do Zé Pelintra. O próprio repórter do site Sidney Rezende diz que “não há notícia mais surpreendente que esta”.

O ator e dançarino Vinícius Villiger é quem será o personagem Zé Pelintra. A entidade, que para os umbandistas é o espírito patrono dos bares, jogos e da sarjeta, será lembrada pelo enredo da escola por ser padroeiro do Mercadão de Madureira. "Sou evangélico, frequento minha igreja, tenho minha fé. Mas não vou confundir as coisas. Quero fazer um trabalho de composição de personagem. Para mim, é um desafio artístico como qualquer outro!", explica o ator.

A matéria diz que a cada ano vem se multiplicando o número de evangélicos no meio do samba. E é verdade. Uma legião de evangélicos tem se mostrado simpatizantes ao carnaval e acham que não fere a fé cristã. Não é difícil encontrar crentes querendo participar dos desfiles de escolas de samba. A bíblia, porém, nos alerta: “Não amei o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 João 2:15).

Há quem diga que é possível participar do carnaval como estratégia evangelística. Conheço uma junta missionária que intitula o trabalho como Impacto Carnaval, onde forma blocos carnavalescos, dançam e cantam músicas regionais para atraírem público e assim falarem de Jesus. 
Não será surpresa, quando soubermos por meio da mídia, artistas – que se dizem evangélicos – desfilando nos sambódromos, cantando e dançando em carros elétricos ou mesmo “curtindo” dentro dos camarotes. Diga-se de passagem, o cantor Xandy (do grupo Harmonia do Samba) e sua esposa Carla Perez, que professam serem evangélicos, no carnaval de 2012 agitaram os foliões nas ruas de Salvador.

Para o pastor Eliel Amaral Soares o carnaval de hoje não tem muitas diferenças das festas que o originaram. “Continuamos vendo, imoralidade, promiscuidade sexual e bebedeira”, disse em seu Blog. Ele afirma que como cristãos não podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus (Romanos 8:5-8 e I Cor. 6:20).

Para muitos, o carnaval é festa, é alegria. Mas para o crente em Jesus sua alegria se baseia em Salmos 16:11 “... na tua presença há abundância de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”. O carnaval é sinônimo de pecado. É um período de muita destruição e prejuízo. Uma grande quantidade de pessoas contraem doenças sexualmente transmissíveis, milhares de jovens se afundam no mundo das drogas e famílias inteiras são destruídas, por causa da infidelidade conjugal.

É inadmissível alguém que diz ser evangélico participar do carnaval. O apóstolo Paulo deixa claro que os que cometem as obras da carne não herdarão o reino de Deus (Gálatas 5.16-21). Não há exceção. Nem para quem é ator. Penso que o Vinícius Villiger nunca fez esta leitura bíblica.  Ele parece estar cego quanto ao mundo espiritual. Me surpreende mais ainda, ele incorporar - como dizem os atores - o Zé Pelintra, um demônio que tem arruinados vidas e levado milhares de pessoas à morte. Que Deus o guarde dele não ficar literalmente incorporado por este espírito imundo.

Alex Silva

domingo, 13 de janeiro de 2013

Deus não é o gênio da lâmpada



O Aladdin é uma das histórias infantis que mais acompanhei. O pequeno Aladin, filho de uma pobre mãe viúva, encontra uma lâmpada e ao esfregá-la, aparece um gênio que estava preso dentro do recipiente. Por agora estar livre, permite ao garoto que lhe faça três pedidos os quais serão realizados.

Bom seria que a trama desta história acontecesse com a gente. Certamente eu pediria para ser um homem muito rico, com belas mansões, carros caríssimos e uma Ilha só para mim. Acredito que passou na tua mente alguns pedidos que, se fossem realizados, fariam da tua vida, uma vida melhor. Mas nós temos que nos contentar que isso não passa de uma fábula.

A realidade que vivemos requer uma incessante busca por um bem estar. Queremos os melhores empregos, os melhores salários, as melhores roupas, as melhores universidades e até os mais altos status da sociedade. Nada acontece num passo de mágica, muito menos um gênio aparece para que tudo isso, num instante, aconteça. Vivemos a cada dia, na labuta da vida para alcançarmos o que tanto desejamos.

Olhando para Mateus 7:7 e 8 (“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á”), parece nos dar o direito de que tudo o que quisermos, seremos agraciados por Ele. Mas para quem pensa que Deus é para o crente tal como gênio da lâmpada foi para o Aladim, sinto muito em dizer: você está enganado.

O apóstolo Paulo escreveu que não sabemos pedir: “... porque não sabemos o que havemos de pedir como nos convém...”. Ora, se não for pelo Espírito Santo, que intercede por nós, estaríamos arruinados e desprovidos das bênção do Senhor. O apóstolo Tiago também citou que “pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”(Tg 4.3), ou seja, visando a vida terrena.

Deus é nosso Senhor e nós somos seus servos, logo “não é o servo maior que o senhor” (João 15.20). Parece existir uma inversão de valores em muitas igrejas, onde seus líderes leva o povo a fazer de Deus um serviçal a sua disposição. Muitos preletores ousam determinar datas em que os crentes irão receber suas vitórias, o que resulta em muita gente decepcionada com Deus. Eis o perigo de dizer o que Deus não mandou falar. 

A vontade de Deus deve ser sempre soberana em nossas vidas. Devemos deixar que Ele realize em nós o Seu propósito (II Timóteo 1.9). Deus cumprirá nossas vontades, segundo a vontade do coração Dele. O próprio Jesus nos deixou o maior exemplo quando prestes a ser preso orou dizendo: "Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39). Se o próprio Cristo não exigiu de Deus que fizesse o Sua vontade, quem sou eu para “encostar Deus na parede”?

Recentemente fui a uma grande igreja da capital paulista. Milhares de pessoas adentravam ao recinto para o culto que começaria no período da noite. Enquanto eu estava ali sentado, vi chegar uma senhora e entrar numa espécie de fila da oração, onde um obreiro, uniformizado, impunha as mãos sobre os fiéis e ordenava a cura. Aquela velha senhora, após receber a oração, foi obrigada a correr o longo corredor com a bengala nas costas. Percebi que ela não esboçava nenhum sentimento de alegria de alguém que é curado, mas parecia estar se esforçando ao máximo para não deixar o obreiro passar vergonha. Depois que o obreiro disse que ela estava curada e voltou sua atenção para o próximo da fila, ela voltou a se apoiar na muleta, desapontada. Não tive dúvidas, fui embora.
 Alex Silva

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