A palavra ética resulta em
uma prática da filosofia social, que indica as normas que devem ajustar-se as
relações entre os diversos membros da sociedade. A ética é a conduta humana que
rege seus atos pessoais e públicos, logo, dentro da igreja não pode ser
diferente.
Numa reunião de obreiros, o
pastor presidente relatou o caso de um pastor que, ao realizar um casamento
numa das congregações, trouxe um grande problema ao ministério. Esse obreiro,
ao falar para noiva os cuidados que ela deveria ter na vida matrimonial, incluiu
sua aparência pessoal, e neste momento, fez uma comparação com uma das
madrinhas, para mostrar que a noiva nunca poderia chegar naquela situação. Isto
rendeu um processo à igreja e nada pôde reparar a vergonha que a madrinha
passou naquela ocasião.
Talvez ao ler esse caso,
você tenha se lembrado de algo vivido ou presenciado. Infelizmente não é algo
incomum. Poderia citar alguns casos que resultaram em grandes confusões e até
em crentes que se desviaram da igreja, tamanho o constrangimento que lhe
fizeram passar.
Não foram poucas as vezes
que vi crentes serem chamados por codinomes, sempre se referindo a aspectos
físicos que os diferenciam da maioria das pessoas. Expor as pessoas chamando-as
de gorda, careca, pretinho, gago, ceguinho, etc, consiste num grande
desrespeito e mostra o quão grande despreparo o anunciante tem para lidar com o
público.
Algumas pessoas, quando detêm
o microfone, se acham no direito de falar o que querem, sem se preocupar com os
sentimentos dos seus ouvintes. Crentes são dotados de sentimentos sim, e podem
se sentirem magoados e ofendidos por palavras dirigidas a elas em meio ao
público.
Jesus, em suas atitudes, mostrou-nos
o quanto foi ético com as pessoas. Quando ele entrou em Jerusalém, viu Zaqueu
que subira em uma figueira brava para vê-lo passar. Cristo não o chamou de
baixinho (pois era de baixa estatura) e nem de publicano, mas o chamou pelo nome
e foi bem recebido por Zaqueu (Lucas 19:1-10).
Quando Jesus curou os dez
leprosos (Lucas17:11-19) ao falar com o único que veio lhe agradecer, disse:
“Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?”. Ora, Cristo poderia ter
perguntado: Não foram dez leprosos? Ele usou de outros vocabulários para não
rotulá-los por suas características.
O professor de Expressão
Verbal Reinaldo Polito, no livro “Como falar corretamente e sem inibições”
(Editora Saraiva) orienta como se portar em frente ao público. O autor ensina
como lidar e como o conquistar o público a quem se fala. Ainda ensina que o
orador deve ter sempre em mente nunca fazer brincadeiras que humilhem ou magoem
as pessoas.
Penso que desviar o foco do
culto com gracejos e piadas, desvirtua a espiritualidade e põe em xeque a
postura de quem está falando. Já passamos da hora de evitar esses tipos de
problemas. Usar o tempo para adorar a Jesus, é muito mais proveitoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário