John
Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley,
nasceu em 17 de junho de 1703, em Epworth, na Inglaterra. Devido às atividades
pastorais que impediam seu pai de dar a devida assistência ao lar, Susana
assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos.
Ainda
na infância, John Wesley foi o último a ser salvo em um incêndio que destruiu
toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, sua
mãe dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida
para algo muito especial.
Aos
cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar John, usando o livro
dos Salmos como apostila. Ele estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou,
então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos.
Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.
John
Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de
estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas
universitários de "Clube Santo". Alunos, notando que os membros do
grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como “metodistas”.
Wesley preferia chamá-los simplesmente de “Metodistas de Oxford”.
Neste
grupo, Wesley e seu irmão Carlos iniciaram visitas e evangelismos em presídios.
Ele passou então a se interessar mais pela questão social e a miséria que a
Inglaterra vivia na época. Assim, gradua-se em Teologia, e pôde ajudar a seu pai
na direção da Igreja Anglicana. Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo:
ser missionário na Virgínia, Nova Inglaterra.
Após
2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia.
Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano
(da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma
experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião
formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.
No
dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo
comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a
carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande
confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus
pecados. Nesse dia Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária,
é assim narrada em seu diário:
"Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que
Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de
maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a
salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em
verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar
com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam
perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que,
pela primeira vez, sentia em meu coração".
Como
não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava em praças e
salões, muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja. Influenciados
pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e
classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos
de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades
e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na
Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de
integrantes.
Calcula-se
que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil
sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de
300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como
Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra
(somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).
Nenhum comentário:
Postar um comentário