terça-feira, 14 de maio de 2013

Pode um crente sofrer de Depressão?



O mal do século - A segunda maior doença no mundo será a mais comum até 2030, superando o câncer e as doenças cardíacas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A depressão trará altos custos ao governo para tratar as vítimas e um desequilíbrio produtivo no país. O termo depressão reflete a complexidade deste fenômeno. Pode ser definida como uma exaustão mental e ou física, provocadas por diversos fatores internos como questões hormonais, células cerebrais, ou outros fatores químicos do organismo. Também é provocada por fatores externos como perdas, dor moral, perda da estima de si, estresses, abandono psicológico, pressões da vida, etc. É a doença menos diagnosticada e a mais debilitante que existe.

O assunto tem preocupado tanto a sociedade, que o médico Dr. Drauzio Varella foi convidado pela Rede Globo de Televisão a falar sobre a doença no programa Fantástico, por vários domingos. Em seu site, ele diz que o diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônias, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.

Sintomas - Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias; Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades; Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional; Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias; Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias; Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente; Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade; Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se; Ideias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

Se não tratada devidamente, pode levar a uma incapacidade de gerenciar a própria vida e à perda da responsabilidade em relação aos outros. A depressão pode levar a casos extremos como o suicídio. A doença está associada à morte de cerca de 850 mil pessoas por ano, conforme a OMS.

Mas para o cristão trata-se de uma doença psíquica ou influência maligna? Pode um crente em Jesus sofrer de depressão? Qual o limite da atuação do diabo e de um distúrbio psicológico numa pessoa depressiva?

O profeta depressivo - A bíblia relata que o profeta Elias, após ser ameaçado de morte, fugiu para o deserto para salvar sua vida e chegou a pedir a morte (I Reis 19:3 e 4). A retração social e a falta de ânimo para viver são aspectos patentes de quem está depressivo. A exaustão mental que o profeta acarretou após lidar com um povo rebelde e o decreto de Jezabel em matar-lhe lhe provocou um colapso psicológico que o levou à depressão. Não foi atuação maligna, mas as situações que lhe envolveram o levaram a tal estado.

Deus tratou o problema de Elias em pelos menos três estágios. Nos versículos 5 e 6 o anjo disse ao profeta para se levantar e comer, ou seja, o depressivo precisa recompor energias, pois no deserto há escassez de alimento. O pão, rico em carboidratos, lhe devolveria ânimo.
Ao lhe perguntar “o que fazes aqui Elias?” (v9), o Senhor lhe provoca uma resposta imediata. O fato de o depressivo conseguir expor sua situação é um dos degraus de superação do problema, pois se sente aliviado em conseguir compartilhar.

Por último, no versículo 11, o Senhor lhe dá uma orientação espiritual: “Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar”. Se esconder na caverna, não é solução para resolução de problemas. Deus lhe orientou a ficar em Sua presença, pois em tal posição receberia vitória.  

Vencendo a depressão - A depressão atinge todas as classes sociais, todas as raças, ateus, religiosos e evangélicos. Temos emoções e sentimentos; reagimos às situações e às circunstâncias de maneira profundamente pessoal. Temos um corpo, cheio de suas complexidades. Somos humanos e temos necessidades, carências, desejos, anseios e características próprias do ser humano. Tudo isto é importante e fundamental para conseguirmos compreender o que está acontecendo.

É imprescindível que um crente, ao perceber que seu estado psicológico está crônico, procure um psicólogo ou psiquiatra para se tratar. Somos seres humanos passíveis de debilidades, inclusive mentais, que podem nos levar a sérias consequências se não forem cuidadas. Infelizmente, na ignorância de muitos em dizer que este tipo de doença é definitivamente de origem demoníaca, temos sabido que alguns crentes se suicidaram no ápice de sua doença.

Segundo o pastor e psicólogo Ricardo Gondin, o inimigo gosta de se aproveitar do estado depressivo das pessoas para arruiná-las. “Ele dirá que você nunca conseguirá sair de tal situação, que a vida não tem mais sentido e que Deus não existe”. Mas sair de dentro de si ajuda a superar o problema. Fazer visitas a doentes em hospitais ajudará o depressivo a ver que existem pessoas passando por problemas tão graves, que o dela se tornará bem pequeno. Liberar o perdão a alguém que o magoou e foi um fator que levou a pessoa a este estado profundo de tristeza, certamente será uma saída.

O Deus que Cura – No discorrer deste artigo vimos que a depressão é a causa de várias circunstâncias, de fatores internos ou externos, que leva uma pessoa a um estado de estresse mental. Deus, o Senhor que cura, é poderoso para sanar esta problemática que um indivíduo possa ter. Seja de origem psíquica ou espiritual, para Ele não faz diferença. Mas não nos esqueçamos de que o próprio Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mateus 9:12). Logo, a medicina está disponível para nos ajudar e o que for impossível para os homens, para Deus tudo é possível.  
Alex Silva

Quem são os Irmãos Menonitas?



Com a Reforma Protestante do século XVI, a doutrina da justificação pela fé e do sacerdócio universal foram colocadas em foco. Contudo, enquanto Lutero, Calvino e Zwinglio mantiveram o batismo infantil e a vinculação da igreja ao Estado, os anabatistas ansiavam por uma reforma mais profunda. Os anabatistas, assim chamados por defenderem o batismo somente de pessoas adultas, fundaram então sua primeira igreja no dia 21 de janeiro de 1525, próximo a Zurique (Suíça), de acordo com a doutrinas pregadas no Novo Testamento.

Os princípios enfatizados pelos anabatistas foram: que as Escrituras Sagradas, em especial o Novo Testamento, são a autoridade final; que a igreja é uma irmandade formada de pessoas renascidas; que a essência do cristianismo consiste no discipulado de Cristo e que a ética do amor rege todas as relações humanas. O testemunho pessoal e a perseguição religiosa levaram os anabatistas e a nova doutrina a diferentes países da Europa, surgindo inúmeras igrejas inicialmente na Prússia (atual Alemanha), Áustria e Holanda. Neste último, um dos grandes líderes anabatistas foi Menno Simons (1496-1561), cuja influência sobre o grupo foi tão profunda que seus adversários passaram a chamar aos anabatistas de “menonitas”.

Em meados do século passado, o pastor evangélico Eduardo Wuest foi da Alemanha, trabalhar entre seus conterrâneos que moravam no sul da Rússia, próximo à colônia Menonita de Molotschna. Simultaneamente, este pastor passou a dirigir estudos bíblicos nas igrejas Menonitas.

Tanto o evangelho pregado pelo pastor Eduardo Wuest como a literatura religiosa ao pietismo de Wuerttemberg, na Alemanha, movimento de avivamento com ênfase na regeneração e santificação, encontraram boa aceitação junto a muitos que, insatisfeitos com o estado das igrejas, almejavam uma vida renovada. O resultado foi um reavivamento espiritual na região, onde muitas pessoas se converteram ao Senhor e começaram uma nova vida com Jesus. Um grupo destes novos crentes, após muitas orações fervorosas e estudo profundo da Palavra de Deus, fundou a Igreja Irmãos Menonitas em 06 de janeiro de 1860.

Através da imigração, a Igreja Irmãos Menonitas expandiu-se para as Américas do Norte e do Sul. Em cumprimento à grande comissão do Senhor Jesus: "ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16: 15), muitos missionários da América do Norte foram a outros países, especialmente da África e da Ásia, proclamar o evangelho da salvação.

Assim, quando em 1930 um grupo de Menonitas de origem alemã veio da Rússia ao Brasil, o trabalho de pregação do evangelho foi iniciado com auxílio dos irmãos da América do Norte. Há uma colônia Menonita também no Paraguai.
Fonte: www.menonita.net

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