terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sérgio Saaz faz retratação de vídeos divulgados na Internet


Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.(João 8:7)

PRONUNCIAMENTO SÉRGIO SAAS

RETOMANDO
De 2004 a 2005 me dediquei à divulgação do meu CD solo e me afastei das atividades do RC, em 2005 no dia 10 de agosto me reuni com os componentes na época com a proposta de remontar a primeira formação, saindo dali, fui comer algo, era uma noite chuvosa, e meu carro foi atingido por um veículo que avançou o sinal vermelho na Av. Faria Lima em São Paulo, perdi o controle e fui lançado contra o canteiro de obras do metro Pinheiros.
Com o veículo todo destruído, as portas laterais não abriam e a chuva aumentava. Estava em estado de choque queria sair dali, tentei sentir se alguma parte do meu corpo estava ferida, e já que tinha condição de me movimentar consegui sair do carro pela porta traseira, tive então a real noção que estava dentro de um poço com mais de 15 metros de profundidade, e não havia o que fazer. Subi no teto do carro, agradeci a Deus por estar vivo, e aguardei o resgate.
Quando chegou nada puderam fazer, pois a escada que possuíam não me alcançava e tive que esperar a chegada dos bombeiros. Foram 2 horas de reflexão e espera...
Mesmo com esse e outros levantes, retomamos as atividades e prosseguimos.

NINGUÉM SABIA
Após a morte da minha vó, fui morar sozinho e me isolei de todos, quando a saudade ou algo me deixava triste me sentava ao piano e descarregava ali meu coração, quando sentia um grande vazio os canalizava para novas composições.
Mas fui me esfriando na fé, e minha atividade espiritual passou a ser resumida apenas ao âmbito profissional.
Estava vazio e quando a tristeza vinha, apenas sentar-se ao piano não era mais suficiente... Passei a buscar preencher o vazio frequentando baladas, bares e festas.
Não de forma virtual me envolvi com muitas mulheres, e até tive um filho com uma pessoa que conheci nessa época o que pra maioria das pessoas é desconhecido.
Nesse período eu estive muito suscetível às fraquezas humanas em vários aspectos e ao invés de procurar alento em Deus, procurei outras formas para preencher o vazio.
Menosprezei muitos conselhos e por vezes frustrei os que de mim esperavam outra postura como líder, o pessoal do Coral, que não sabiam ao certo o que eu fazia mas notavam algo estranho em minhas atitudes.
Tinha consciência de que estava errado, entretanto continuei cumprindo agendas e compromissos, sentindo muitas vezes que Deus pela sua misericórdia me usava, isso me deixava confuso, pois não me sentia digno.
Cheguei até decidir que não mais continuaria com o grupo, resolvi abandonar tudo e partir para outra atividade e até comentei isso com algumas pessoas próximas, pois me sentia um hipócrita tratando a obra de Deus de maneira relapsa.

MUDANÇA
Um dia em uma famosa balada em frente à praia da Enseada no Guarujá, uma estranha força me paralisou por alguns instantes, parecia que tudo estava em câmera lenta, eu parei, olhei em volta e ouvi o Espirito Santo de Deus me fazer duas perguntas?
“Quem entre todas essas centenas de pessoas tem o seu chamado? Quem entre todas essas pessoas tem o Dom que Eu te dei?” eu ainda pensava nas duas perguntas, quando Ele me surpreendeu com uma terceira, “Qual é o seu propósito aqui?”
Na mesma hora, como um soldado que desperta atrasado para cumprir o seu turno, me despedi daqueles que estavam comigo, tirei a minha pulseira de VIP, pedi meu carro no vallet, e fui embora decidido a não mais coxear entre dois pensamentos.
Foi muito difícil retomar o caminho de volta, mas Deus segurando a minha mão me manteve firme.

SURPREENDIDO
Conscientizado do meu chamado, e perdão. Busquei forças em Deus para voltar a ministrar a palavra nos eventos, mas havia um plano que eu não fazia ideia para tentar me parar denovo.
Estávamos vivendo uma fase de conquistas e avanços, ganhamos o programa QST do SBT, gravamos e lançamos o DVD e o CD ao vivo, preparávamos um novo show, quando coincidentemente 6 anos depois, no mesmo dia 10 de agosto, fui avisado que haviam publicado um vídeo com conteúdo obsceno, captado em um momento íntimo com uma pessoa que eu me relacionava a dois anos atrás, nessa fase em que passei pela depressão espiritual. Eu senti a mesma sensação do acidente, de quando estive no poço, só que dessa vez o poço me parecia mais profundo. Meus advogados tentaram de todas as formas limitar essa ação virtual mas a gratuita e maldosa intenção de alguns, compulsivamente divulgava o vídeo. O que me entristece mais é que cegamente as pessoas ainda me perguntam quem estava do outro lado da câmera sendo que do outro lado estão elas mesmas.

ACUSAÇÃO
Por muitas vezes senti nos comentários de acusação de algumas pessoas o reflexo e a voracidade do inimigo de nossas almas.
Fato é que muitos se colocam como juízes, sendo essa posição delicada e difícil para homens, pois infelizmente também erramos, e quando não é para avaliarmos a nossa atitude, somos muito faltos em usar do maior dom de Deus, Seu amor, expresso na graça e misericórdia para com o próximo.
Escrevo e me pronuncio para o corpo de Cristo do qual faço parte, pedindo perdão, sendo este um bálsamo poderoso que fecha feridas ao perdoarmos.
E como corpo de Cristo que somos espero em Deus que esse bálsamo seja levado a todas as partes, como o sangue leva o remédio para todo o corpo, para que essa chaga seja fechada, não por que a minha imagem que foi manchada, mas para que da mesma maneira que o mal foi dissipado, e fez seu estrago, esse humilde pedido de perdão mostre quão grande é o Poder de Deus e leve a cura, e assim será maior a obra de Deus do que a obra do Inimigo.

RETRATAÇÃO
Hoje após ininterruptas reflexões, agradeço a Deus por este fato ter acontecido, recebi o Seu abraço através dos companheiros do Raiz Coral, do escritório da Saas Music, da gravadora MESS Entretenimento e de irmãos e amigos que não me abandonaram neste momento delicado.
Tenho consciência que mesmo fazendo o caminho de volta deixei trunfos e argumentos de acusação na mão do adversário.
Hoje não estou arrependido pela consequência, eu me arrependi a muito tempo quando abandonei a vida dubia e hoje mais uma vez tenho consciência do perdão de Deus.
Não sei o que será daqui pra frente mas creio que o meu resgate com a escada da Graça em breve chegará.
A decisão tomada aquele dia no Guarujá, é mantida em minha vida, pois como cantamos, mesmo que a figueira não floreça, e a vide não dê mais seu fruto, eu confio em Deus, dEle recebi bênçãos, dEle também receberei a repreensão contrito de coração.
Meu sincero desejo e oração é que Deus restaure o que foi maculado por essas atitudes erradas que cometi e que levaram tantas pessoas a tristeza e escândalo.
                                                                                                                                          Atenciosamente.
                                                                                                                                               Sérgio Saas

terça-feira, 20 de novembro de 2012




Muitos são escolhidos, mas nem todos são chamados




Você não leu errado. O título deste artigo não se refere ao sentido bíblico citado em Mateus 22:14 que diz: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. Jesus, naquela ocasião, falava da Parábola das Bodas para que pudessem entender sobre o Reino de Deus, porém venho falar de reinos humanos, entende-se, nas igrejas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - o número de evangélicos no Brasil teve um aumento de 61,5% em uma década (Censo 2010), e consequentemente, aumentaram os números de denominações e de obreiros nos ministérios existentes há décadas. Mas como tem sido a separação desses novos obreiros?

Confesso que tenho ficado preocupado com o perfil de alguns obreiros e fico a pensar se já leram o que o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade", (2 Timóteo 2:15). Certamente já leram, mas não fazem jus ao que recomenda a Palavra de Deus. Vamos refletir aqui um pouco sobre consagração de obreiros que podem causar grandes prejuízos a si e a igreja.

Cada um de nós temos um Chamado específico para desenvolver na Casa de Deus (I Coríntios 12:28) e devemos honrar essa missão, pois foi ordenada pelo Senhor. Porém, a Igreja tem percebido que muitos obreiros foram designados para cargos eclesiásticos, mas não houve a aprovação de Deus. É um perigo quando alguém é separado para o ministério de diaconato, presbitério, evangelismo ou até pastorado, sendo que Deus não o designou para tal função. Infelizmente, em alguns casos, ser filho de pastor, a amizade e o intelectualismo tem sido o fator principal para a tal consagração. Não quero dizer que tais requisitos não sejam importantes, mas é preciso saber se a pessoa tem o aval de Deus. Preocupa-me quando o valor do dízimo é o requisito fundamental, geralmente dado por empresários, ou ainda quando ministram a unção por haver a necessidade de apresentar um número exato de consagrados. E não duvido que muitos possam pagar para ganhar uma credencial.

A igreja é a principal vítima desses descuidos. Crentes raquíticos, igrejas vazias, pessoas magoadas e muitos afastados do evangelho por muitos obreiros não terem o Chamado divino para trabalhar com Sua Igreja. Prejuízos causados por aqueles que consagraram e foram consagrados sem a devida aprovação de Deus. Se você não tem Chamado para o ministério, não aceite o convite. Não faça a Obra de Deus relaxadamente (Jeremias 48:10). A Igreja tem um dono e é preciso ter a Sua aprovação.

A bíblia sagrada é enfática quando diz que o próprio Senhor entregou a cada crente um ministério: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos Santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:11e12). O crente em Jesus sente no seu coração o trabalho que Deus o outorgou, basta a ele fazer a vontade do Senhor de maneira que a Igreja de Deus seja edificada. Triste é ver alguém que foi chamado apenas para cantar, ousar-se a pregar; um ótimo diácono, exercendo o presbitério; um excelente presbítero na função de um evangelista. “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (I coríntios 7:20).

As funções eclesiásticas, ou mesmo aquelas funções que não necessite de uma credencial, são de grande importância para o desenvolvimento da Igreja como organização e como “organismo” (lê-se Igreja de Cristo). Se estivermos cientes do Chamado de Senhor em nossas vidas e aplicarmos a nosso esforço em fazer o melhor para Deus, todos ganharão com isso, principalmente o Reino de Deus. Porém se deixarmos nos levar pela vaidade de um status, o desastre será sempre eminente.


Alex Silva


domingo, 11 de novembro de 2012


Balada Gospel. Entretenimento ou mundanismo?

 
Não é de hoje que a vida noturna é curiosidade para muitos jovens evangélicos. Certos de que não convêm para um crente em Jesus frequentar lugares onde o diabo impera, eles se abstém de tais atitudes. Mas todos os ambientes noturnos são mundanos? É possível curtir a noite sem pecar? O jovem cristão não deve ir a Baladas?

Uma nova cultura cristã, se é que podemos dizer assim, está “bombando” em Curitiba, Paraná. No afã de atrair um novo público para as noites da capital paranaense, uma casa noturna inaugurou uma balada cristã para jovens no feriado de 7 de setembro. A “Viva Cristo na Balada” é uma festa diferenciada sem bebida alcoólica e onde os grupos de música são somente os que seguem os princípios cristãos.  A ideia surgiu a partir de uma proposta de se reservar uma noite da semana para uma festa diferenciada. Em entrevista ao portal g1.globo.com, a idealizadora Fany Colegaro contou que há um ano, quando a casa noturna foi inaugurada em uma avenida do bairro Batel que tem como característica a existência de diversos bares e boates, os proprietários já tinham em mente reservar uma noite da semana para uma festa diferenciada. “E eu fui buscar o que seria este diferencial e cheguei ao Viva Cristo”, contou Calegaro.

Mas o que foi novidade em Curitiba, já não é tão novo em São Paulo. A igreja Apostólica Renascer em Cristo parece ser a pioneira no assunto. O O2 Church é um ministério criado pela denominação para alcançar os jovens dentro de sua linguagem e universo, sem descaracterizá-los, proporcionando um encontro com Cristo e a consequente transformação de suas vidas. A idade média dos integrantes deste ministério vai de 18 a 24 anos. Dentre as atividades que fazem parte do trabalho do ministério destacam-se: evangelismo de rua, os “caretaços” (movimento de divulgação da campanha “Sou Careta, Drogas Bah!”), vigílias, eventos e baladas.

O O2church promoveu a balada “Eletro Music” na noite do dia 29 de setembro, no Renascer Hall (Mooca) local onde está situada a igreja depois do desabamento da sede no bairro do Cambuci. Voltado ao público jovem e adulto o principal objetivo do evento foi evangelizar por meio da música e criar um ambiente de descontração. O áudio do vídeo de divulgação do evento postado no site da igreja, não diferencia de outros postados por grandes casas noturnas da cidade.

Em entrevista a revista Veja, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, membro da Bola de Neve Church, igreja conhecida em São Paulo pela presença absoluta de jovens, afirma que além dos cultos, ele frequenta o inusitado pub gospel Brother Simion, ponto de encontro de jovens crentes em São Paulo. O Brother Simion é pub, ou seja, lugar meio escurinho onde jovens se encontram, e gospel, o que quer dizer que lá não se pode fumar nem beber. “O que mais sai aqui é açaí”, diz o Brother Simion, o dono do estabelecimento. “E que fique claro aos casais: beijar, pode; avançar o sinal, não”.

O pastor, teólogo e escritor Ciro Sanches, que intitulou em seu Blog em 25 de julho “A gospelização está em Alta”, diz em seu artigo que muitos cristãos do nosso tempo têm usado o adjetivo “gospel” para “santificar” atitudes, posturas, comportamentos, condutas e eventos que outrora estavam relacionados a pessoas que não conhecem o Evangelho. Parte-se da premissa de que o crente tem liberdade para fazer o que quiser e se divertir do jeito que bem entender — mesmo que imite o mundo —, e ninguém tem nada a ver com isso. “Não tenho conhecimento de que o “cigarro gospel” tenha sido inventado. Em compensação, hoje temos o “carnaval gospel”, o “arraiá gospel”, o “dia das bruxas gospel”, as “lutas de gladiadores gospel”, o “barzinho gospel”, a “balada gospel” e o “funk pancadão gospel”. Só está faltando o “inferno gospel”, concluiu.

Há inúmeros portais, sites de relacionamentos, Blogs e programadas de rádios que divulgam com frequência as baladas que ocorrem em São Paulo. O site baladagospel.com dá todas as instruções para os interessados chegarem ao local das festas, anunciam valor de ingressos, acessórios que serão vendidos e não esquecem de avisar que sempre tem Barzinho Gospel. 
 
A bíblia diz: "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito." Romanos 8:5. Ora, melhor que “curtir” uma noite de “balada gospel”, que tal reunir os jovens para um período de oração? Ser a “luz do mundo” requer brilho. Não o brilho de luzes que refletem no escuro das pistas e lounges das danceterias, mas atitudes que mostrem a diferença entre o que serve e o que não serve a Deus.
Alex Silva


 

 
 
Jovens voluntários atuam em campo missionário no Brasil e no exterior

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - o número de evangélicos no Brasil teve um aumento de 61,5% em uma década (Censo 2010) e uma grande quantidade de jovens e adolescentes se converteram e passaram a frequentar assiduamente os cultos e eventos gospel. Eles são fervorosos, desenvolvem atividades nas igrejas e cruzam fronteiras para pregar o evangelho. Isso mesmo, cruzam fronteiras. A juventude não se limita mais aos templos e aos cultos dominicais. Eles vão mais longe.

Um casal de jovens americanos Loren e Darlene Cunningham criou em 1960 a fundação Jovens Com Uma Missão (JOCUM), que tem como premissa o IDE de Jesus (Marcos 16:15), mas suas atividades no Brasil só começaram em 1975, em Contagem (MG). A instituição é internacional e interdenominacional, empenhada na mobilização de jovens para a obra missionária. Os voluntários passam por treinamento, preparo espiritual e depois são enviados para o campo, tanto no Brasil como no exterior. O candidato pode atuar por uma semana, meses ou até por anos, dependendo da necessidade do lugar.

No ministério Jeová Nissi, uma Cia de Artes, os jovens visam ganhar almas principalmente por meio de peças teatrais. Teve início em abril de 2000 em Campinas, com um grupo pequeno de pessoas que estudavam e trabalhavam. O diretor da Cia de Artes, Caíque Oliveira, conta: “Eu ainda trabalhava em teatro secular. Um dia, em um culto, enquanto o pastor pregava, começaram a vir na minha cabeça algumas imagens de uma peça, onde um jovem se corrompia. Passei a ministração toda montando esta peça na mente. Quando o culto acabou, uma irmã chegou para mim e disse: Deus vai usar você para fazer peças que vão impactar vidas. Peças que vão restaurar pessoas que estão destruídas. Não esperei e já comecei a juntar um grupo de jovens de várias igrejas e daí surgiu a nossa grande jornada”. Hoje são mais de cinquenta jovens de diversas regiões do país, culturas diferentes, talentos específicos, mas em comum muita vontade de ganhar almas para Jesus. Já viajaram todos os estados brasileiros se apresentando em igrejas, ginásios, teatros, presídios e escolas.
Também em países como Chile, Paraguai, Argentina, Angola, Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Suíça e Itália, uma vez que a Arte tem linguagem universal.

Para Paulo Cavalcante, 24 anos, será sua primeira experiência missionária. Em janeiro de 2013 pensava passar suas férias nos EUA, mas vai embarcar para Angola com um grupo de 22 pessoas do ministério Jeová Nissi. Paulo diz que sempre teve uma simpatia pelo povo de lá. A cultura, a alegria e também as condições ruins daquele país sempre o fizeram ter muita vontade de conhecer. Então soube do projeto que hoje cuida de 700 crianças sofridas pela guerra civil, que há mais de 30 anos assola aquele país, e se dispôs a ajudar. “Em alguns períodos ajudaremos a construir as casas na aldeia e em outros períodos daremos aula para as crianças e evangelismo pela região”.

Há jovens que em época de férias trocam o descanso em lugares paradisíacos pelos sertões do Brasil. Seja por meio de instituições ou independentes, eles partem para cumprir o que Jesus mandou. É o caso de Leonardo Santos, 19 anos, que em fevereiro deste ano saiu de Guarulhos e foi com uma amiga para Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha (MG), uma das regiões mais pobre do país. Além de donativos, levaram também a Palavra ao pequeno povoado. “Cada dia que passamos lá aprendemos mais e pudemos ver o sobrenatural de Deus agindo sobre a vida das pessoas”, afirmou.

Que mais jovens estejam prontos para cumprir o IDE do Mestre. Para todos os que se dispõem em fazer a obra de Deus, estejam certos que “a vossa obra terá uma recompensa” (2 Crônicas 15:7).
                                                                                                                                                    Alex Silva

Você sabia que existe o Museu da Bíblia?

A partir de uma parceria entre a Sociedade bíblica do Brasil (SBB) e a prefeitura de Barueri foi criado o Museu da Bíblia (MuBi) em 9 de dezembro de 2003, o primeiro do país e um dos maiores do mundo em sua especialidade. Instalada em uma área de 900 m², integrada a um Centro de Eventos, reúne uma biblioteca com mais de 17 mil títulos.

Na área de exposição, totalmente interativa e de acesso gratuito, encontra-se a história da tradução da Bíblia para a língua portuguesa e a influência da Palavra de Deus na formação da civilização ocidental. São várias áreas diferenciadas, por meio das quais é possível fazer um verdadeiro mergulho na história do Livro Sagrado: A Bíblia e a História da Escrita; A Bíblia e a História da Tradução; A Bíblia e a História do Livro; A Bíblia no Mundo; A Bíblia no Brasil; A Bíblia Falada; O Conteúdo da Bíblia; Novidades sobre a Bíblia e Exposições Rotativas: Espaço reservado para mostras temporárias.

Os móveis são adequados para usuários de cadeiras de rodas e também foram providenciadas legendas em braile e painéis interativos, garantindo atrações para todos os tipos de público. O MuBi expõe uma réplica da prensa de Gutenberg, que imprimiu a primeira Bíblia da história, por volta de 1450. Possui um móvel com 144 traduções bíblicas. Expõe materiais trazidos de Israel, como o trigo e o joio, água do Rio Jordão, sementes de mostarda, um punhado de terra da cidade de Belém - Palestina, água do Mar Morto, papiros, pergaminhos,
miniaturas da bíblia, o menor livro do mundo, a bíblia impressa numa única página,
a bíblia em braile e roupas da época do apóstolo Paulo.

O MuBi também abriga uma loja, com lembranças personalizadas e publicações da SBB. Todos os recursos provenientes das vendas são destinados à manutenção do Museu. Seu objetivo é promover o conhecimento da Bíblia, enfatizando seus vários aspectos: culturais, éticos, religiosos e acadêmicos, além de contar com educadores treinados para receber os mais diferentes públicos: crianças, adultos, idosos, pessoas com deficiência visual, estudantes, entre outros.

Visitas: Av. Sebastião Davino dos Reis, 672 - Vila Porto - Barueri – SP / Visitas monitoradas para grupos (mínimo de 10 e máximo de 50) devem ser agendadas previamente: E-mail:
museu@sbb.org.br / Telefones: (11) 4168-6225 e 4161-6176 / Funcionamento de terça a sexta-feira: das 9h às 17h / Sábados, domingos e feriados: das 10h às 16h / Entrada gratuita. www.museudabiblia.org.br

Fanny Crosby. A compositora cega de mais de 8 mil hinos



Fanny Jane Crosby pode ser considerada a maior compositora de música sacra de todos os tempos. Nascida em Nova York no dia 24 de março de 1820, foi autora de mais de oito mil hinos e muitas de suas músicas foram publicadas em diversos países, logo suas canções são conhecidas por milhões de cristãos em todo o mundo. Sua primeira grande obra foi escrita aos 45 anos de idade, com o detalhede sua cegueira, que não a impediu de ser um canal de benção por meio de suas composições.
Fanny ficou cega com apenas seis semanas de vida. Acometida de uma infecção nos olhos nos primeiros dias de nascido, foi levada para a clínica, porém um erro médico a deixou marcada para o resto de sua vida. O "médico" teve de fugir da cidade, tamanha a revolta dos parentes e vizinhos do bebê.
Quando tinha cinco anos, com a ajuda de amigos, sua mãe a levou para o melhor especialista dos Estados Unidos. Triste foi saber que o quadro da menina foi diagnosticado como irreversível. Começou ali uma vida difícil para Fanny, até mesmo porque seu pai já havia falecido.
Mas seu problema a impulsionou a extravazar seu dom. Com oito anos de idade já compunha poemas, o que impressionava a muitos. Aos quinze anos ingressou numa escola para cegos em Nova York, e depois de formada, se tornou professora da mesma instituição.  Nesta escola encontrou Alexandre Van Alstyne, um músico, com quem se casou aos 38 anos, que também era cego.
Sua base cristã se deu por sua avó, que a evangelizou desde criança lendo trechos da bíblia para a criança. Com uma extraordinária memória, a menina decorava histórias bíblicas como a de Rute  e muitos Salmos. Fanny nunca estudou música, apenas escrevia poemas, mas se tornaram em belas canções por músicos do seu tempo. As lindas melodias juntadas aos seus belos poemas resultaram em sacras músicas das quais destacamos A Deus demos glória; Junto a Ti; Que segurança; Quero estar ao pé da cruz  e Quero o Salvador comigo, que fazem parte de hinários das mais diversas denominações evangélicas. Ela era membro da Igreja Episcopal Metodista, de Nova Iorque. Ela era uma oradora devota e freqüentemente preparava os cultos infantis da igreja.
Fanny morreu aos 94 anos na cidade de Bridgeport, em Connecticut. Em 1915, um grande monumento foi erguido sobre o seu túmulo com primeira estrofe de "Que segurança sou de Jesus!". O dia 12 de fevereiro de 1915 pôs um final a vida da compositora, mas ainda hoje ecoa em forma de cânticos seus poemas em pequenas igrejas e grandes catedrais em todo o mundo.                                                                                                                                                           
Alex Silva

Pregadores Mirins. Chamada ou influência?


Pregadores Mirins. Chamada ou influência?




É benéfico para uma criança? O que a psicologia diz sobre o assunto?

O que pensa o ministério da igreja? É teologicamente correto?

O que antes era motivo de chacota, hoje ser evangélico parece ser moda e quando se trata de criança “prodígio”, vira notícia na mídia. Nunca houve tanta evidência de pregadores mirins como nos últimos anos nos veículos de comunicação. A televisão tem inserido em suas programações, o que há alguns anos vem ocorrendo dentro das igrejas. Meninos e meninas que pregam em púlpitos, agora tomam boa parte de talkshows promovendo o evangelho e dizendo aos telespectadores que receberam uma chamada divina para tal missão. Mas isto é benéfico para uma criança? O que diz a psicologia? O que pensa o ministério da igreja? Existe base teológica para isso?  

A revista Época publicou na edição 644 (20 de setembro de 2010) uma matéria intitulada “Uma menina superpoderosa” que relata a história de Alani Santos, uma garota de apenas seis anos de idade, que vive em Alcântara, Rio de Janeiro. Filha do pastor Adauto Santos, da igreja Pentecostal dos Milagres, ela é conhecida como a missionarinha Alani. Ela ainda não prega, mas após os sermões de seu pai, ela entra em cena fazendo orações por pessoas enfermas, o que resulta em algumas pessoas curadas.

Associando o nome da igreja ao papel que a pequena Alani faz depois das pregações de seu pai, será que foi uma imposição ou ela, com apenas seis anos de idade, tomou esta iniciativa? A revista afirma que nos cultos, o pastor Adauto repete várias vezes que a própria pessoa é culpada por sua doença, por não exercer sua fé. Enquanto isso, a pequena Alani continua orando pelos enfermos e recebe vários convites para ministrar orações por curas divinas em outras igrejas.

No programa SuperPop (REDETV), apresentado por Luciana Gimenez, é onde os pequenos notáveis encontram mais espaço. A chamada pastorinha Ana Carolina, da cidade do Rio de Janeiro, hoje com 16 anos de idade, já freqüentava o talkshow desde pequena. Alega que com quatro anos de idade começou seu ministério e que já pregou no maior evento missionário do mundo, GMUH - Gideões Missionários da Última Hora. Ela já esteve no Raul Gil, Gugu Liberato, Leda Nagle (Rede Brasil), Wagner Montes (CNT) e na Márcia Goldsmith (Band), mas sua entrevista com a apresentadora Gimenez no final do ano passado durou cerca de dez minutos, o que não é pouco num programa de televisão. Com um tom de voz rouca, típico de quem prega com freqüência, ela mostra habilidade na sua entrevista e aproveita para anunciar que Deus pode fazer milagres.

Para a psicóloga Carla Oliveira Mello Mota, da OBPC (O Brasil Para Cristo - Mandaqui), muitas vezes a criança tem vontade de imitar um líder influente. Ela se identifica, imagina-se pregando, em evidência, ensinando e admoestando o público, demonstrando um sentimento de superioridade em relação os demais.

Quando perguntei se esses pregadores mirins tomam decisão própria ou são influenciadas, Carla disse que depende muito da faixa etária deste pregador, como foi educado e se tem um bom referencial cristão para seguir e imitar. Porém sabe-se que o adulto influencia muito para tomada de decisões e determinam a realização desta função para a satisfação própria e não da criança - o que é prejudicial - pois cada um deve ter a capacidade e a liberdade para escolher o que deseja fazer.

Ela ainda alerta para as conseqüências de uma postura precoce: “Quando pais, familiares, líderes espirituais desrespeitam as vontades infantis e depositam suas expectativas nos pregadores mirins, prejudicam o desenvolvimento emocional destes. Por respeito e obediência aos pais ou líderes espirituais, a criança desempenha a função contrariada, deixa de vivenciar situações cotidianas que para sua idade seriam naturais e normais para satisfação dos outros que admiram. Normalmente, quando os pregadores mirins se tornam independentes, muitas vezes se revoltam com todos e até se desviam do evangelho”.

O pastor, teólogo e escritor Ciro Sanches, que intitulou em seu blog “Pregadores Mirins ou miniaturas de animadores de auditório?”, diz que os chamados pregadores mirins são miniaturas dos pregadores malabaristas. Afirma que empregam bordões como “Ei, psiu, diga para o seu irmão: Sonhador não morre!”, e ainda “Crente que não faz barulho esta com defeito de fabricação”, além de terem trejeitos, berrarem ao microfone, correrem de um lado para o outro e darem golpes no ar. “Ora, Deus usa a quem quer e como quer, inclusive meninos, adolescentes e jovens como Samuel, Davi, Josias, o menino Jesus, Timóteo, etc. Mas não podemos aceitar com naturalidade a exploração infantil, o mecanicismo e o artificialismo. Além disso, não devemos tolerar, nos infantes, a soberba, o comportamento de celebridade e a imitação de um modelo que não está de acordo com a pregação cristocêntrica, ainda que usemos como justificativa o fato de as crianças serem ingênuas e, até certo ponto, inocentes”, afirma Ciro Sanches.  

Já o colunista e apologista do Jornal Nosso Setor Célio Roberto diz que Deus usa quem ele quer e como quer, mais sempre respeitando os limites de cada um. Deus pode usar uma criança, mas nos limites de uma criança. É visto na Bíblia o exemplo de Jesus no meio dos doutores com apenas 12 anos de Idade e que Ele foi o garoto mais importante e especial para Deus. Quando Jesus foi encontrado no meio dos doutores, não estava ensinando e dando lição de moral ou de teologia nos doutores da Lei, como afirmam alguns. Ele estava ouvindo-os e interrogando-os. Diante das respostas para um garoto de 12 anos, os mestres ficaram maravilhados. Não vemos em Jesus um pregador Mirim. Nem em João Batista ou Paulo, a quem o Senhor escolheu ainda no ventre. Deus criou o ser humano, e conhecendo a sua estrutura, respeita os limites.

Célio afirma que na parábola dos talentos, está escrito que o Senhor usa cada um conforme a capacidade que tem. Por isso, ele não usa como quer, mas respeitando os limites de cada ser humano. Outro fator interessante, é que tudo tem um tempo determinado por Deus, e ele sabe esperar. “Não sou contra os pregadores mirins, só acho que eles não têm o conhecimento e a estrutura para fazer o serviço de uma pessoa adulta. E Deus sabe disso e respeita os limites de todos nós. Pregar o evangelho, especialmente para multidões e para pessoas não crentes, exige muito preparo de um pregador, coisas que uma criança dificilmente tem. Precisamos tomar cuidado com isso”, conclui.

Para o pastor José Wellington Costa Júnior (vice-presidente do ministério do Belém) os pregadores mirins precisam desfrutar da infância, adolescência e mocidade, merecendo uma atenção especial, pois desde criança se tornam referência. Por pregarem a Palavra precisam ser acompanhados de perto pelos pais e seus pastores e precisam de apoio, reconhecimento, incentivo do ministério e acima de tudo de oração para que o Senhor os use sempre.

“É importante que participem da atividade da igreja, de acordo com a faixa etária, principalmente da Escola Bíblica Dominical. O pregador mirim tem de saber desde cedo que para pregar precisa ouvir”, afirmou. Pastor Wellington Júnior finaliza dizendo que acima de tudo, algo precisa ficar gravado nos corações dos pequenos preletores: “Quem tem mensagem para dar é o Senhor, portanto a glória será sempre pra Jesus”.  

A cada dia parece aumentar a quantidade de pregadores mirins, haja vista a quantidade de sites que divulgam esses pequenos notáveis. Para mim, o importante é que o evangelho seja pregado, mas que criança pregue como criança e que adulto nunca pregue como “menino”.

 Alex Silva

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